Anomalia congênita em que o cérebro não se desenvolve
adequadamente. As fontanelas (conhecidas como moleiras) se fecham precocemente
impedindo o cérebro de crescer e se desenvolver e, como resultado, o perímetro
da cabeça fica menor que o normal, apresentando comprometimento motor em 90%
dos casos.
Diversos fatores podem predispor o feto a sofrer os problemas
que afetam o desenvolvimento normal da caixa craniana tanto durante a gravidez
quanto nos primeiros anos de vida. Assim, as causas são divididas em duas
categorias:
·
A microcefalia primária ocorre quando o cérebro não completa um
desenvolvimento embrionário normal;
·
Secundária, ocorre quando o cérebro tem um desenvolvimento
inicial normal, completa, mas, em seguida, sofre danos que alteram o seu
crescimento subsequente.
As repercussões da microcefalia são distintas, estando
essencialmente dependentes do insuficiente desenvolvimento do cérebro, não
obstante este seja diretamente provocado por um defeito no desenvolvimento
embrionário ou consequência da sua impossibilidade em se expandir, como
normalmente ocorre durante a primeira infância.
Crianças com microcefalia têm, normalmente, deficiências motoras
e cognitivas, características que no futuro podem comprometer,
significativamente, a qualidade de vida. Dessa forma, a criança diagnosticada
com a doença deve receber um acompanhamento fisioterapêutico desde cedo.
MICROCEFALIA E ZIKA VÍRUS.
O Zika vírus (genoma RNA), da família Flaviviridae e do gênero
Flavivirus, causa, em humanos, a doença conhecida como febre Zika. Encontrado
em 1947 nos macacos habitantes da Floresta Zika, em Uganda, contaminou os
primeiros seres humanos em 1952, no leste africano, chegando à Ilha de Yap e
outras ilhas próximas da Micronésia em 2007 e à Polinésia Francesa em 2013. O
registro de surto no Brasil data de abril de 2015, atingindo principalmente a
Bahia, onde foram registrados 62.635 casos.
A principal suspeita é que a Zika esteja causando microcefalia
porque já foram encontrados vírus no líquido amniótico que envolve o bebê
durante a gravidez e também no líquido cefalorraquidiano, presente no sistema
nervoso central, dos bebês que já nasceram e foram diagnosticados com
microcefalia.
No entanto, a relação entre a Zika e a microcefalia não é
totalmente conhecida. A hipótese aceita é de que o vírus ao ser 'protegido'
pelo sistema imune possa atravessar a barreira placentária, chegando ao bebê.
As maiores chances de o bebê ter microcefalia ocorrem nas
gestantes que já tiveram dengue alguma vez e que tiveram Zika em qualquer fase
da gestação. Além disso, se a mulher já teve Zika quando não estava grávida não
existe a possibilidade de o bebê ter microcefalia se ela engravidar após 1 mês
depois dos sintomas estarem controlados.
Por: Danielli Rodrigues
0 comentários