A doença de Alzheimer é a mais frequente doença
neurodegenerativa na espécie humana. Trata-se de uma doença que acarreta
alterações do funcionamento cognitivo (memória, linguagem, planejamento,
habilidades visuais-espaciais) e muitas vezes também do comportamento (apatia,
agitação, agressividade, delírios, entre outros), que limitam progressivamente
a pessoa nas suas atividades da vida diária, sejam profissionais, sociais, de
lazer ou mesmo domésticas e de autocuidado. As
duas principais alterações que se apresentam são as placas senis decorrentes do
depósito de proteína beta-amiloide, anormalmente produzida, e os emaranhados
neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína tau. Outra alteração
observada é a redução do número das células nervosas e das ligações entre elas,
com redução progressiva do volume cerebral.
Recomenda-se que, diante dos primeiros sinais, as famílias
procurem profissionais e/ou serviços de saúde especializados para diagnóstico
precoce no estágio inicial da doença, o que favorecerá a evolução e o
prognóstico do quadro.
Exames
de sangue e de imagem, como tomografia ou, preferencialmente, ressonância
magnética do crânio, devem ser realizados para excluir a possibilidade de
outras doenças. Faz parte da bateria de exames complementares uma avaliação
aprofundada das funções cognitivas. A avaliação neuropsicológica envolve o uso
de testes psicológicos para a verificação do funcionamento cognitivo em várias
esferas. Os resultados, associados a dados da história e da observação do comportamento
do paciente, permitem identificar a intensidade das perdas em relação ao nível
prévio, e o perfil de funcionamento permite a indicação de hipóteses sobre a
presença da doença. O mapeamento pode ser útil ainda para a programação do
tratamento de estimulação cognitiva, que considera as habilidades que merecem
investimentos para serem preservadas e aquelas que precisam ser compensadas.
A meta de reabilitação precisa ser redefinida para assegurar que
o paciente permaneça seguro, independente, e capaz de realizar atividades da
vida diária e atividades instrumentais da vida pelo máximo de tempo que for
razoável.
A
meta final é ajudar os pacientes a sentirem que eles são capazes, de modo que
continuem a tentar fazer por si próprios as coisas que possam fazer com
segurança, independentemente de permanecerem em sua casa ou estarem vivendo em
uma instituição.
Exercícios para propriocepção e equilíbrio são fundamentais para
a desenvoltura do paciente, como exercícios com bastões, bola, descarga de peso
gradual, andadores, percursos. Pode realizar atividades em que se estimule o
raciocínio do paciente, como atividades de escrever, decorar palavras, nomear
objetos, que levam a um estímulo da memória.
Por: Isabella Santiago.
Vídeo:
Clarita - É baseado na história da mãe da diretora, portadora da Doença de
Alzheimer, o documentário apresenta reflexões e questionamentos sobre o sentido
da vida e a convivência com a morte. O documentário alterna imagens filmadas
com sua mãe e reconstituições feitas com a atriz Laura Cardoso.
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